MUMIAS!!!!.
MUMIAS!!!!.
Vendo a posse dos “novos” membros das casas legislativas brasileiras tive a impressão de que se tratava de um espetáculo surrealista.
O cheiro que impregna o legislativo lembra o formol e as personagens parecem terem sido preservadas no tempo através de fórmulas secretas, não revelada aos mortais, permitindo que as múmias não ficassem confinadas aos seus sarcófagos, mas ocupassem centros de poder no Estado brasileiro.
Experiência não é o que lhes falta.
Passaram a vida toda orbitando o poder e usufruindo do “sacrifício” de doar-se para a sociedade. Fico a pensar nos sinais claros de desejo de mudança da sociedade brasileira, primeiro elegendo um operário, agora uma mulher para o cargo de mandatário maior da nação e, pelas amarras construídas no sistema político é impossível uma renovação no legislativo.
Existem essas superestruturas dentro das agremiações partidárias onde é impossível o desenvolvimento de novas lideranças, senão forem ungidos ou descenderem de “sangue azul”.
O poder permite estranhos conchavos, desde que permita a perpetuação, isso explica porque não querem mudar a legislação partidária, porque não aceitam a fidelidade partidária, de programas e de cumprimento de mandato.
Tantas negociações, em qual cidade não houve acordos estranhos?
Em qual Estado?
Esse legislativo com vocação “mascarada” de parlamentarismo torna refém o Executivo, que por vezes, aguarda ansiosamente que lhe tomem.
O sonho das pessoas comuns vai se esvaindo, sem a “receita” da eternização aos poucos vão se afastando dos movimentos populares, desistindo de empunhar as bandeiras e sendo obrigado a sepultar seus ideais.
Não é de ficar pasmo com a renovação do legislativo brasileiro seguindo “receitas” alguns tornaram a função, em profissão e somente sairão da respectiva casa legislativa, depois de encomendarem seu réquiem.
Alguns poucos, representam o próprio escárnio da inteligência brasileira, ao serem eleitos representantes do nada.
Mas, dizem por ai, brasileiro tem fé. Aguarda pacientemente que algum milagre possa acontecer nesse espaço tétrico de perpetuação do poder.
Hilda Suzana Veiga Settineri
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