domingo, 20 de fevereiro de 2011

DIRETO DE CUIABÁ - MATO GROSSO!

UNIDADE PARTIDÁRIA
POSSÍVEL E NECESSÁRIA!




Temos notícias, amplamente divulgadas pela mídia matogrossense, que foi oferecida denúncia contra 6 companheiros nossos por quebra da ética partidária.
A saber: Companheira

SERYS MARLY SLHESSARENKO, a Serys Slhessarenko (78.543 votos), ex-deputada estadual, ex-senadora e primeira suplente de deputada federal pela coligação e os companheiros,

EROISA DE MELLO SCHUSTZ, a Erô do PT (860 votos),

JOSÉ FERREIRA LEMOS NETO o Juca Lemos, ex-vereador (2.240 votos),

JUSCIMARIA RIBEIRO DA CRUZ (acima com a Guerrilheira Suzana), a Jusci da Eletronorte com votação expressiva em seu batismo nas urnas (10.563 votos),

LÚDIO FRANK MENDES CABRAL, o Ludio Cabral, único vereador de nossa capital (11.431 votos) e nossa ex-vereadora e ex-deputada estadual

VERA LUCIA PEREIRA ARAUJO, a Verinha do PT (4.635 votos). Todos candidatos a deputad@s estaduais.

São @s don@s destes 108.272 votos que querem expulsar de nosso partido.

Nosso proporcional mais votado,

SAGUAS MORAES SOUSA, deputado federal eleito e atual presidente estadual do PT do Mato Grosso fez 88.654 votos.

Lembro de diversas disputas no Partido dos Trabalhadores, a primeira em eleições, já na campanha de 1982 no Rio de Janeiro onde militava.
Uma parcela do partido inconformada com a escolha de

Lysaneas Maciel para a disputa ao governo do estado pregava voto camarão*.
Como em toda a briga interna, certamente nos tirou muitos votos.

Depois foi a questão do colégio eleitoral com

Trancredo Neves onde após consulta as bases do PT foi decidida, por ampla maioria, a não participação da farsa do colégio eleitoral, principalmente por muitos militantes culparem Tancredo Neves pelo arrefecimento da brilhante campanha DIRETAS JÁ!, ao se colocar como candidato ao colégio eleitoral. O mesmo Tancredo Neves, primeiro ministro do governo João Goulart.
Desta disputa resultaram expulsos os deputados federais Airton Soares e Bete Mendes de São Paulo e José Eudes do Rio de Janeiro.

Muitas outras disputas ocorreram no partido, algumas que geraram inclusive intervenção do Diretório Nacional, mas não cabe aqui citar todas pois ficaria muito extenso e desviaria ainda mais do presente momento no Mato Grosso, onde vamos nos focalizar.

Muito bem, o nosso código de ética - o vigente aprovado em 18 de junho de 2009 - tem em seu artigo 6º, É terminantemente vedado: alínea III - recomendar o voto ou fazer propaganda de candidato a cargo eletivo de outro Partido que não pertença a coligação de que faça parte o Partido dos Trabalhadores;
Todo o problema iniciou na disputa pela única vaga - visto termos feito coligação com o PR e o PMDB - para a candidatura ao senado (a outra da coligação ficara com Blairo Maggi, ex-adversário nas eleições de 2002 e 2006).


A então senadora Serys Slhessarenko teve sua pretensão de concorrer a reeleição barrada pela candidatura de Carlos Abicalyl, então deputado federal - o mais votado nas eleições de 2006 para o cargo). As prévias foram marcadas por uma disputa fatricida onde golpes e contra-golpes foram desferidos por ambos os lados o que nos faz lembrar novamente de nosso código de ética, em seu Art. 3º. São princípios éticos fundamentais que devem orientar a conduta de todos os filiados ao Partido dos Trabalhadores: em sua alínea V - a supremacia dos interesses partidários sobre os interesses particulares, de tendências partidárias, de correntes ou grupos internos;

Terminadas as prévias a disputa continuou - e, como estão vendo continua até hoje - e nosso partido sofreu além dos erros de estratégia, como por exemplo a coligação proporcional para a disputa no MT a continuação de uma luta sem tréguas que fragilizou nosso partido e auxiliou a tão pífio resultado nas eleições de 2010: se tínhamos uma senadora, um deputado federal e dois estaduais, acabamos sem senador, um federal e apenas um estadual. Nossa estrutura legislativa dividiu-se por dois!

Também no decorrer do processo eleitoral-2010 temos mais algumas contribuições de nosso código de ética a serem lembradas: no mesmo Art. 3º supracitado gostaria de lembrar as alíneas
X - a não utilização dos órgãos, da estrutura e dos recursos partidários, para favorecimento de determinadas posições, correntes, tendências, candidaturas ou grupos partidários
e
XI - a construção da independência financeira do Partido dos Trabalhadores, de modo a impedir que o poder econômico possa influenciar a sua vida interna e a sua atuação;

Em nosso ver, houveram diversas posturas que poderiam ser incluídas neste ou naquele artigo de nosso código, porém achamos que a perseguição de uma unidade partidária se faz mais do que necessária. O desarmar de espíritos em prol de nosso Partido dos Trabalhadores no sentido de interrompermos a trajetória de desestruturalização que se encontra nossa agremiação.

Achamos imprescindível o chamamento de uma reunião de avaliação geral de nossa campanha, onde os erros sejam analisados no sentido de construir a superação deste momento difícil. Isto sem simplesmente tentarmos jogar nas costas uns dos outros os erros cometidos.

Uma reunião aberta a todos os filiados do Mato Grosso que irá começar a pavimentar nossa campanha de 1012 para vereanças e prefeituras sem as peias da discórdia a nos travarem.

Todos nós temos nossa parcela de culpa, nem que seja só a de não conseguir apaziguar os lados em confronto.

Para lembrar só mais uma alínea do Art. 6º. É terminantemente vedado: IX - fornecer a órgãos de imprensa informações acerca de fatos pertinentes à vida interna do partido ou às ações de seus filiados, sem se identificar como fonte.

Luiz Antonio Franke Settineri - SAROBA
Secretário de Organização PT Cuiabá-MT

*maldosamente diziam que voto camarão por ter m* na cabeça - pediam voto em branco para governador. Uma injustiça contra o valoroso Lysâneas, deputado combativo cassado pela ditadura militar e que devido ao voto vinculado obrigatório, permitiu que em diversas mesas onde era encontardo o voto sem governador fosse maliciosamente incluido governador de outro partido o que anulava todo o voto - Foi a eleição do Proconsult caso não se lembrem ou não tenham vivido o momento.

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