sábado, 12 de fevereiro de 2011

AUTENTICIDADE NO PARTIDO DOS TRABALHADORES

O Partido dos Trabalhadores que completou seus 31 anos, após a vitória das eleições presidenciais e em vários Estados, conseguindo eleger deputados federais e senadores sempre em uma crescente, sinaliza claramente, a procura pela confirmação de suas bandeiras nascidas das lutas e ao mesmo tempo, formar novos quadros para as eleições que se seguem.


Nestas próximas eleições vão ser apresentados novos nomes, lideranças nascidas na luta pelas causas populares e por isso, identificadas com o cidadão brasileiro responsável por construir diariamente uma fração daquilo que se chama desenvolvimento.
Essa proximidade derivada da origem é que permite a legitimidade (autenticidade) de discurso, diferente de outros partidos em que a fala é emprestada para a ocasião.
O crescimento do Partido dos Trabalhadores e a aceitação das bandeiras de luta têm atraído (e vai atrair mais ainda) nomes para comporem os quadros, mas é preciso cuidado para as infiltrações nocivas daqueles que querem apenas entrar para serem indicados candidatos, sem qualquer identificação com aqueles compromissos firmados desde a fundação do Partido dos Trabalhadores.
Precisa-se ter o cuidado na formação de coligações.
Em vários Estados foram eleitos com a contribuição de votos do PT, deputados e senadores sem qualquer identificação com as causas, pelo contrário, muitos destes, claramente em posição divergente ao interesse das massas.
Tenho afirmado seguidamente que a essência do PT é ser a favor dos interesses do trabalhador.
Assim, não vejo como pessoas que se colocam contra as bandeiras de luta possam entrar no PT ou vir a ter o apoio através de coligações.
Os compromissos de fundação são as estruturas basilares que sustentam a edificação de qualquer projeto de governo, de qualquer proposta de atuação parlamentar em que tenha petista ou o apoio do Partido.
Não se pode, em nome de vencer eleições ou de compromissos de governabilidade, ceder naquilo que é, em outras palavras, a identidade, o DNA do Partido dos Trabalhadores, porque no “andar da carruagem” a população irá identificar a mudança de trajetória e poderá comprometer a autenticidade da representação vinda das lutas e da mobilização popular.

Hilda Suzana Veiga Settineri

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