quarta-feira, 8 de junho de 2011
SE NÃO NOS DEIXAM SONHAR NÃO OS DEIXAREMOS DORMIR!
Ninguém sabe a sensação de liberdade até guiar uma moto e sentir a brisa batendo ao rosto.
Ninguém pode dizer-se livre amarrado ao modelo ditado pelo conservadorismo e pelas classes hegemônicas.
Ninguém sabe melhor o valor da liberdade que aqueles que estão nas trincheiras da defesa de algo que ainda nem conquistamos e já nos querem privar.
Para o bem e para o mal a internet abriu um novo caminho para a instauração de um processo democrático de comunicação, muito mais direto e objetivo, e menos dependente das filtragens e pasteurizações que os meios até então usuais estão submetidos.
Tenho percorrido o Brasil em encontro de blogueiros, da chamada imprensa livre ou independente, e ouvido muito mais que falado.
São tantos saberes que se interconectam e se distendem rapidamente com a velocidade da chama que se alastra sobre o fluido e que temerosos, os conservadores, querem impor um controle.
Todas as formas de controle nasceram por boas causas e, infalivelmente, depois de algum tempo, muitos dos que os apoiaram tiveram mais a lamentar.
A liberdade de escrever e pensar não pode ser tolhida, todos os encontros já realizados dizem isso.
Acho que essa é nossa bandeira.
Num país que possui tantas leis e pouca efetividade, mais regulação e controle significa parar no tempo e retroceder nas conquistas.
A liberdade que o usuário dispõe de escolher o blog, a matéria, e a credibilidade emprestada pela chancela dos nomes dos autores não precisa ser regulada.
A criticidade do leitor de blog irá reprovar os inconseqüentes e de pouca qualidade, aqueles que não são fiéis a verdade ou ainda, perderam-se no caminho ideológico.
Todos nós, somos os formadores desse leitor, seguidor, desse cidadão que despertou para o conhecimento, a instantaneidade da informação.
O que pensaria esse leitor, se aceitássemos que nossa liberdade de pensar e escrever ser decidida em gabinetes, por pessoas que desconhecem o significado social da internet, dos blogs e das demais formas de comunicação eletrônica?
Acharia certamente que nos acovardamos.
E que tudo aquilo que escrevemos e dissemos pensar deve ser esquecido.
Por isso, quando os encontros realizados por este país maravilhoso em que cada cidade, Estado ou região possui pessoas e coisas tão inusitadas, lançam o seu grito pela liberdade e pela democratização da internet, da banda larga e se organizam nos seus estados em associações e almejam uma organização nacional, está se construindo também, o inevitável – e desejado – caminho da profissionalização dos blogueiros.
Tenho dito, em todos os lugares que “somos o novo” com todas as inconveniências, incertezas, temores, somos sim, o oxigênio para o processo de comunicação que estava gessado, enfermo, atrelado a uma cama na UTI e que com os toques mágicos no teclado de um computador, revive.
Saltitante e liberto, essa nova “velha forma” de produzir conhecimentos e democratizar informações contraria a previsão dos céticos se avoluma, se organiza para os desafios que os tempos, presente e futuro estão a projetar.
Hilda Suzana Veiga Settineri
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